sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Notícias: Juventude CVP em Escola de Verão

Juventude da Cruz Vermelha realiza escola de Verão na ESE



Sessenta e quatro jovens, representantes de 20 estruturas locais da Cruz Vermelha Portuguesa estão, até amanhã, a frequentar uma escola de Verão que decorre nas instalações da Escola de Sargentos do Exército.

Trata-se da quarta edição deste evento, este ano apelidado de “Chão 08” e que pretende capacitar os voluntários com novos instrumentos de trabalho para desenvolverem projectos nas suas estruturas locais.

No domingo, quando regressarem às suas casas, os 64 jovens que durante uma semana estiveram nas Caldas, levam a “bagagem” mais pesada. Nesta escola de Verão, organizada pela Juventude da Cruz Vermelha, ganharam novos instrumentos de trabalho, nas áreas da “Gestão de voluntariado e liderança”, “Intervenção para a inclusão social e igualdade de géneros”, “Educação para o desenvolvimento e cooperação internacional” e “Educação ambiental e sustentabilidade”, com seminários orientados por mais de 30 especialistas. Entre eles participam formadores de entidades como o Instituto da Droga e Toxicodependência e Instituto Nacional para a Reabilitação e vários formadores de várias delegações da Cruz Vermelha espanhola.

O objectivo é, segundo Pedro Pina, coordenador nacional da Juventude da Cruz Vermelha, “capacitar voluntários de todo o país e de diferentes áreas de onde resultam projectos que são destinados a crianças e jovens, fundamentalmente mais vulneráveis”.

Associado à actividade formativa, está também o convívio entre os vários voluntários e um passeio pela região, com visita ao Museu da Cerâmica, Hospital Termal, Foz do Arelho, Óbidos e almoço nas margens da Lagoa.

“Chão 08” denomina a quarta edição da iniciativa, que começou em 2005 em Vila Nova de Famalicão, com 30 participações e sob a designação de “Fortaleza 05”. No ano seguinte deslocaram-se a Olhão e apelidaram a actividade de “Azimute”, depois a Sabrosa (Vila Real) com “A Voz”, e agora às Caldas da Rainha.

Pedro Pina justiça a escolha do nome “Chão” com o facto de estarem num quartel e serem as Forças Armadas “quem defende o nosso chão em situação de conflito militar” e, por outro lado, pelo facto deles, jovens, quererem “continuar a sonhar mas com os pés no chão”.

O titulo dado em cada uma das edições pretende identificar o “estado da arte” da juventude, identificar os objectivos da iniciativa e ter um tom provocatório.

E para os jovens é fácil estar num local tão disciplinado como um quartel? A resposta dada pelo coordenador é afirmativa, até porque a condicionante de não saírem do local onde decorre a escola de Verão foi imposta pela própria organização.

Às 8h30 os jovens já estão preparados para ir tomar o pequeno-almoço e às 10 horas começam a formação, que é de seis horas diárias. Após o jantar há tempo para o café e convívio.

Embora esta seja a escola de Verão mais representativa de sempre, com 64 participantes, estes jovens representam uma percentagem muito reduzida dos voluntários a nível nacional pois só a Juventude da Cruz Vermelha conta com 1500 inscritos.

Pedro Pina não põe de parte a possibilidade de edições futuras ter mais participantes, mas garante que nunca será um encontro massivo. “O que pretendemos é qualificar pessoas que tenham o perfil de coordenação e capacitação de outros voluntários”, disse, acrescentando que também do ponto de vista formativo não é viável que os seminários tenham muitos participantes.

Fernando Fidalgo, presidente da delegação das Caldas da Rainha da Cruz Vermelha Portuguesa, precisou que a ideia de acolher este evento já tem dois anos. A Juventude das Caldas participou desde a primeira escola de Verão, em 2005 e “achávamos que a cidade tinha boas condições para nos candidatarmos, nomeadamente pelas boas relações que mantemos com a ESE”, salientou o responsável.



“Capacita-nos para desenvolver localmente os projectos”



Luís Silvério, de 23 anos, é das Caldas da Rainha e está a participar na Escola de Verão pela segunda vez, onde frequenta o seminário de Educação para o Desenvolvimento e Cooperação Internacional. O jovem, voluntário na delegação caldense há três anos, destaca que além da formação, também o convívio entre os jovens de diversos pontos do pais serve para partilharem experiências.

O que aprendemos nos seminários permite-nos dar um passo mais firme e ter uma evolução mais segura enquanto voluntários”, afirmou. Com ele participam mais quatro elementos das Caldas.

No ano passado Luís Silvério participou no seminário de Educação e Promoção para a Saúde, dada a sua formação nessa área. O que aprendeu já está a dar frutos pois tem vindo a “colocar em prática, através de actividades, o que aprendemos durante uma semana”.

Natural de Braga, Tânia Gomes tem 22 anos e está a participar nesta iniciativa pela primeira vez. É voluntária há dois anos e, dado que a sua delegação está a desenvolver vários projectos na área da prevenção, a jovem apostou no seminário de Educação e Promoção para a Saúde.

“A participação nesta escola é muito importante porque capacita-nos para desenvolver localmente os projectos”, afirmou Tânia Gomes, que veio com mais oito jovens da delegação de Braga.


Fátima Ferreira


in: www.gazetacaldas.com

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